Rener Gracie confronta ex-instrutor que o chamou de ‘rato covarde’.

Rener Gracie confronta ex-instrutor que o chamou de ‘rato covarde’.

O mundo do Jiu-Jitsu brasileiro foi abalado por uma disputa pública entre Rener Gracie, uma das figuras mais proeminentes do esporte, e Evandro Nunes, ex-instrutor da Universidade Gracie. Em uma transmissão ao vivo de três horas, Rener abordou acusações e ataques pessoais de Nunes, que renunciou à sua associação com a família Gracie e a comunidade mais ampla do Jiu-Jitsu. Este confronto explosivo revelou tensões que têm estado latentes nos bastidores há anos.

As ousadas acusações de Evandro Nunes

Nunes, faixa-preta experiente e com quase duas décadas de experiência, não mediu palavras ao criticar publicamente os irmãos Gracie. Referindo-se a Rener como um “rato covarde” e a Ryron como “pior”, Nunes afirmou que sua liderança prioriza o lucro em detrimento das pessoas.

“Este não era o ambiente de artes marciais em que me inscrevi”, declarou Nunes, compartilhando sua desilusão com a cultura da Universidade Gracie. Suas críticas não se limitaram aos estilos de liderança; ele pintou o quadro de um ambiente tóxico onde a lealdade e a integridade ficavam em segundo plano em relação aos interesses comerciais.

O “Incidente do Leão da Montanha”

Uma das revelações mais bizarras durante a transmissão ao vivo foi o chamado “incidente do leão da montanha”. Nunes contou que foi pressionado a usar uma fantasia de leão da montanha, completa com orelhas de gato, para um vídeo do Gracie Breakdown. Sua recusa gerou tensão crescente, com Rener supostamente usando quedas agressivas e finalizações durante a manifestação, chegando até a pisar na garganta de Nunes com força excessiva.

A situação tomou um rumo ainda mais estranho quando Rener supostamente entregou a Nunes uma máscara de luta livre da WWE e o instruiu a se esconder sem camisa em arbustos para outra cena. Nunes descreveu essas experiências como parte de uma cultura mais ampla de “ritual de vergonha” dentro da Universidade Gracie.

Disputas sobre negócios

Além das queixas pessoais, Nunes levantou preocupações sobre suas relações profissionais com os Gracie. Em 2020, ajudou a expandir o programa Gracie Survival Tactics (GST) e criou materiais de treinamento, prevendo uma participação acionária de 10%. Em vez disso, foi-lhe oferecido apenas 1,5%.

“Fiquei cego porque precisava do dinheiro”, admitiu Nunes, refletindo sobre o seu silêncio na altura. Rener rebateu, argumentando que a compensação era justa e apontando mensagens onde Nunes elogiou o negócio. A discordância destaca questões maiores de valor e reconhecimento dentro da organização.

Queimando o cinto: uma rebelião simbólica

Nunes levou seu protesto a outro nível ao queimar sua faixa preta, um ato que ele descreveu como uma recuperação de seus valores e o rompimento de laços com o que ele considera um sistema falho. “Não se trata do cinturão”, explicou. “Trata-se de enfrentar uma cultura que não posso mais apoiar.”

Para Nunes, esse ato não se trata apenas de deixar a Universidade Gracie – trata-se de se manifestar contra o que ele vê como a comercialização do Jiu-Jitsu brasileiro. Sua postura ousada repercutiu em outras pessoas que se sentem desiludidas com o foco crescente do esporte no lucro em detrimento da integridade.

O legado controverso da família Gracie

Esta não é a primeira vez que a família Gracie enfrenta críticas. O programa online de certificação de faixa azul de Rener, embora modificado após a reação negativa, continua sendo um ponto de discórdia na comunidade de Jiu-Jitsu. Mais recentemente, o seu papel como perito num julgamento de grande repercussão, pelo qual cobrou mais de 100 mil dólares, suscitou críticas até da sua própria família.

Esses incidentes, combinados com as consequências com Nunes, aumentam o ceticismo crescente sobre as práticas comerciais de Rener e a abordagem da família Gracie para preservar seu legado nas artes marciais.

A vida além do Jiu-Jitsu

Nunes deixou o Jiu-Jitsu brasileiro para trás, mas reconhece a dificuldade de se afastar de uma paixão de uma vida inteira. “Deixar algo que você ama é doloroso, mas às vezes é necessário para preservar seu senso de identidade”, disse ele.

Apesar da sua saída, Nunes espera que as suas ações inspirem outros a se manifestarem contra práticas que consideram antiéticas. Sua mensagem é clara: as artes marciais devem estar enraizadas na autenticidade, no respeito e na integridade.

Esta controvérsia serve como um lembrete claro de que o verdadeiro valor das artes marciais vai além das técnicas e dos cintos – reside no caráter e nos valores daqueles que lideram e praticam. Ainda não se sabe se essa disputa levará a mudanças significativas na comunidade do Jiu-Jitsu, mas sem dúvida desencadeou uma conversa crítica.

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