Por que o jiu-jítsu brasileiro (BJJ) não é um esporte olímpico?

Por que o jiu-jítsu brasileiro (BJJ) não é um esporte olímpico?

Nas últimas décadas, o Jiu-Jitsu Brasileiro (BJJ) ganhou destaque e cresceu para se tornar uma força dominante na indústria de esportes de combate. Você pensaria que agora, com sua forte base em autodefesa e apoio de celebridades de organizações como o UFC, ele teria uma vaga olímpica. Não, o BJJ ainda está na sala de espera. Qual é o atraso então? Vamos entrar nos detalhes do porquê o BJJ não foi às Olimpíadas até agora, as dificuldades que ele enfrenta e o que esse esporte mortal pode ter reservado para o futuro.

O complexo processo de se tornar um esporte olímpico

Você deve compreender a burocracia envolvida na participação olímpica para entender por que o BJJ ainda não garantiu uma vaga. Um esporte olímpico deve superar muitos obstáculos estabelecidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) antes de poder competir nos Jogos. Um esporte popular não entra nos Jogos simplesmente. Estamos falando de envolvimento generalizado, um órgão regulador olímpico compatível e um forte cenário competitivo internacional.

Até 2024, haverá mais de 2,5 milhões de praticantes de BJJ no mundo todo, então não é desleixo e a comunidade de apostas em BJJ também está crescendo, com fãs explorando casas de apostas no exterior para encontrar as melhores probabilidades, além das melhores ofertas de inscrição e bônus também. Japão, Estados Unidos e Brasil são todos superpotências do BJJ. A pior parte é que, apesar de sua popularidade, o esporte ainda não tem o apelo mundial de esportes olímpicos como luta livre e judô. Um esporte deve ser praticado por homens em pelo menos 75 nações em quatro continentes e por mulheres em pelo menos 40 países em três continentes, de acordo com o COI. Embora o BJJ esteja, sem dúvida, crescendo, ele não chegou nem perto do ponto em que esses números são constantemente atingidos.

O obstáculo da governança: quem está no comando?

Um obstáculo significativo na busca do BJJ pelo sucesso olímpico é o complexo reino da governança. Um esporte deve ter uma organização governamental globalmente reconhecida que gerencie as operações do esporte, desenvolva regulamentações e organize eventos internacionais para ser considerado para as Olimpíadas. No entanto, o BJJ é mais como uma reunião de família onde ninguém consegue concordar sobre a culinária.

A UAE Jiu-Jitsu Federation fica lá, e a International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF) fica aqui. Cada organização executa seu próprio programa com regulamentos e torneios distintos. É desafiador argumentar pelo status olímpico dado esse sistema desarticulado. O BJJ acha difícil convencer o COI de sua causa dada a ausência de uma frente única e coesa para representar o esporte e padronizar os regulamentos em todo o mundo. Além disso, a confusão criada pelas muitas formas de competição e esquemas de pontuação torna muito mais difícil atingir o objetivo olímpico.

O debate amador vs. profissional

O sentimento amador original, onde o ethos do envolvimento não profissional é abraçado, é o que os esportes olímpicos são. No entanto, BJJ? Ele meio que tomou uma nova direção, focado mais em grandes ligas e muito dinheiro. As Olimpíadas não estão precisamente buscando uma vantagem profissional, mas o esporte cresceu com competições profissionais onde os competidores podem ganhar algum prêmio em dinheiro significativo.

O Campeonato Mundial do ADCC é outro evento que pode ser considerado as “Olimpíadas do BJJ”. Os profissionais vão lá para competir, o que só aumenta a reputação profissional do esporte. Enquanto isso, há circuitos amadores bem definidos para esportes como boxe e luta livre que inevitavelmente levam às Olimpíadas. BJJ? Não dessa forma. A estrutura existente do esporte favorece amplamente os profissionais, dificultando a adaptação ao modelo olímpico.

O futuro do BJJ nas Olimpíadas: há esperança?

Ainda há uma chance para o BJJ competir nas Olimpíadas, apesar dos obstáculos. A popularidade do esporte está aumentando, o que é uma tendência positiva, especialmente entre os mais jovens. E, ei, obviamente há um lugar para sangue novo na mistura olímpica se o COI puder trazer esportes como escalada, skate e surfe.

O chocante é que o BJJ precisa organizar seus negócios. O caso do BJJ seria muito fortalecido por uma única organização reguladora que pudesse gerenciar campeonatos internacionais, resolver todos os regulamentos e dar aos jogadores amadores uma chance justa. Além disso, levar o BJJ para regiões do mundo onde ele ainda é desconhecido pode ajudá-lo a atender aos requisitos cruciais do COI. Portanto, mesmo que haja obstáculos no caminho, o BJJ ainda pode avançar e, eventualmente, competir no nível olímpico.

Conclusão: O longo caminho pela frente

O sonho olímpico do Jiu-Jitsu brasileiro ainda está muito vivo e bem, mas ainda faltam algumas rodadas. O BJJ tem a capacidade de cativar uma base de fãs mundial já devotada ao trazer um clima novo e emocionante para a arena olímpica. Mas sejamos realistas: há alguns obstáculos significativos a serem superados, como organizar a governança, aumentar a participação global e determinar como atingir um equilíbrio entre seu ambiente profissional e o ethos olímpico do amadorismo.

Embora os entusiastas do BJJ possam ter que adiar seus sonhos olímpicos por enquanto, os preparativos que estão sendo realizados agora abrirão caminho para uma possível aparição no futuro. O objetivo de ver o BJJ no centro das atenções olímpicas não é simplesmente um sonho irreal, pois o esporte continua a se expandir e mudar; é uma meta que está se aproximando gradual, mas seguramente, por causa da devoção inabalável de sua comunidade mundial.

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