O termo “Old Man Jiu-Jitsu” vem ganhando força nos últimos anos, com proponentes sugerindo que, conforme os praticantes de Jiu-Jitsu brasileiro envelhecem, eles devem adaptar seu jogo para ser menos exigente fisicamente, confiando menos no atletismo e mais na pressão lenta e constante. No entanto, Gustavo Gasperin, um faixa-preta de Fabricio Werdum, discorda fortemente dessa tendência. Ele argumenta que o conceito de “Old Man Jiu-Jitsu” não é apenas absurdo, mas potencialmente prejudicial à saúde e à qualidade de vida daqueles que o adotam.
Gasperin começa reconhecendo que, à medida que envelhecemos, nossas capacidades físicas naturalmente declinam. Movimentos que antes eram fáceis em nossos 20 e 30 anos se tornam mais desafiadores. Mas em vez de aceitar isso como uma parte inevitável do envelhecimento, Gasperin defende a manutenção do máximo de movimento e habilidade física possível. Ele argumenta que a chave para envelhecer graciosamente e saudavelmente não é desacelerar prematuramente, mas continuar se esforçando para se mover e se exercitar o máximo possível.
Ele compara a ideia do “Jiu-Jitsu do Velho” a um jovem empreendedor bem-sucedido vendendo seu carro esportivo por um sedã mais seguro e confortável porque ele não será capaz de aproveitar a emoção de dirigir um carro rápido aos 80 anos. Gasperin acha essa lógica falha e argumenta que, assim como não se deve desistir de aproveitar as emoções da vida prematuramente, não se deve desistir de manter a aptidão física e a agilidade no jiu-jitsu simplesmente porque estão envelhecendo.
O ponto crucial do argumento de Gasperin é que o movimento é essencial para manter a saúde e a qualidade de vida à medida que envelhecemos. Ele ressalta que muitos idosos gostariam de ter mais mobilidade e que, ao desacelerar muito cedo, os praticantes estão se preparando para um futuro menos ativo e menos saudável. Gasperin insiste que, ao continuar a se desafiar fisicamente, seja por meio de passes de estrela ou exercícios de agilidade, os praticantes podem manter um nível mais alto de condicionamento físico e mobilidade até os últimos anos.
Além disso, Gasperin refuta a ideia de que treinar como uma pessoa mais jovem tem mais probabilidade de resultar em lesões. Ele argumenta que a experiência no tatame, adquirida ao longo de décadas de treinamento, equipa os praticantes mais velhos com o conhecimento e a habilidade para evitar lesões, independentemente da intensidade do treinamento. Quando alguém chega aos 60 ou 70 anos, diz Gasperin, deve ter experiência suficiente para saber como evitar posições perigosas e escolher seus parceiros de treinamento com sabedoria, reduzindo o risco de lesões.
Gasperin pede aos praticantes que não caiam na armadilha do “Jiu-Jitsu do Velho”. Em vez disso, ele os encoraja a continuar se movendo, continuar se desafiando e continuar aprendendo. Ao fazer isso, eles podem envelhecer com melhor saúde, melhor mobilidade e uma qualidade de vida maior. Afinal, o jiu-jitsu não é apenas uma arte marcial, mas também uma forma de exercício que pode ajudar a manter a saúde física e mental até a velhice.
A mensagem é clara: não diminua o ritmo agora, porque quanto mais você se movimentar, melhor será sua vida no futuro.
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