



- Kayla Harrison ficou dois anos sem vencer um torneio, quando começou no judô ainda criança.
- Sua partida de estreia durou cerca de 15 segundos antes que ela caísse de costas.
- Ela persistiu por pura teimosia, acabando por se tornar duas vezes medalhista de ouro olímpica no judô.
- Essa mesma mentalidade a levou de Middletown, Ohio, a campeã peso galo do UFC – e ela ainda usa a história para falar sobre resiliência e fracasso precoce.
Kayla Harrison não ganha um torneio há dois anos – foi assim que tudo começou
Antes dos cinturões, medalhas e eliminações no UFC, Kayla Harrison ficou dois anos sem vencer um torneio.
Ela era uma criança de Middletown, Ohio, lançada no judô por seu padrasto e treinador, Dan Doyle. A primeira viagem para uma competição local não gritava exatamente “futuro campeão olímpico” – acabou quase antes de começar.
“Fui para minha primeira competição e cerca de 15 segundos depois estava deitado de costas.”
– Kayla Harrison –
A maioria das crianças teria chorado, desistido ou pelo menos feito uma longa pausa após esse tipo de apresentação. Em vez disso, Harrison continuou voltando, perdendo e aprendendo enquanto seu recorde permanecia teimosamente vazio na coluna de vitórias.
“Quinze segundos depois, eu estava deitado de costas”
A derrota inicial não foi isolada. Aqueles primeiros anos foram cheios de longas viagens, dias curtos no tatame e voltas para casa sem medalha.
Segundo ela própria, Kayla Harrison não ganhava um torneio há dois anos – uma eternidade quando você é um jovem competidor ao lado de crianças que parecem colecionar troféus todo fim de semana.
“Não ganhei um torneio nos primeiros dois anos de judô.”
– Kayla Harrison –
O que a manteve lá? Não foi um caso de amor instantâneo com o esporte, nem uma sensação clara de que ela estava destinada à grandeza. Foi algo muito mais simples.
“Eu sou teimoso.”
– Kayla Harrison –
Essa única palavra explica muito: por que ela continuou se preparando apesar das derrotas, por que ela resistiu a bloqueios brutais de treinamento e por que a frase Kayla Harrison não ganha um torneio há dois anos soa mais como um aviso do que uma desculpa.
De Middletown Mats ao duplo ouro olímpico
Avançando rapidamente, o garoto que não conseguiu comprar a vitória se tornou o primeiro americano a ganhar o ouro olímpico no judô, não uma, mas duas vezes.
Dos torneios locais aos Jogos de Londres e do Rio, Harrison transformou essas primeiras derrotas em combustível.
Sua biografia oficial não foge das partes difíceis da jornada – desde traumas pessoais até a rotina do treinamento de elite – mas o fio condutor é sempre o mesmo: ela tinha que continuar aparecendo muito antes que alguém a chamasse de especial.
“Sou um lutador em todos os sentidos da palavra.”
– Kayla Harrison –
Em sua casa, em Middletown, as pessoas viram a mesma garota que costumava voltar dos torneios infantis de mãos vazias subir no maior palco do mundo e dominar.
A essa altura, o fato de Kayla Harrison não ter vencido um torneio por dois anos deixou de ser uma estatística dolorosa e se tornou parte da lenda.
O mesmo garoto teimoso que se tornou campeão do UFC
Se você viu Harrison lutar no MMA, a ligação é óbvia. A mesma teimosia que manteve uma garota perdedora no judô foi o que a arrastou pelos torneios do PFL, direto para o UFC e até o título mundial.
O estilo não mudou muito: quedas implacáveis, pressão de cima e recusa em aceitar “não” como resposta.
Quando ela fala sobre sua trajetória no UFC – entrando em grandes cartas, citando grandes nomes e insistindo que a divisão tem que lidar com ela – é apenas a versão adulta daquela criança que se recusou a desistir depois de ser expulsa em 15 segundos.
Aqueles primeiros anos, quando Kayla Harrison não ganhava um torneio há dois anos, são as lentes que ela usa agora sempre que alguém pergunta sobre exageros, dúvidas ou pressões.
Em comparação com passar meses e meses sem uma única medalha de ouro quando criança, os eventos principais e os dias de mídia são apenas mais uma série de rodadas a serem superadas.


Kayla Harrison não ganha um torneio há dois anos – então por que você está preocupado?
No papel, “Kayla Harrison não ganha um torneio há dois anos” soa como um motivo para desistir de um esporte, não um prelúdio para o ouro olímpico e do UFC. É exatamente por isso que ela continua repetindo.
Para os pais que estão em pânico com a perda precoce de seus filhos, para os amadores que se sentem atrasados, para qualquer um que pensa que começos lentos significam que não são “talentosos o suficiente”, sua história é uma refutação direta. Os primeiros capítulos podem parecer feios.
O progresso costuma ser invisível por muito tempo. E às vezes a única diferença entre o garoto que se torna campeão e o garoto que desaparece é uma coisa: quem continua aparecendo.
A carreira de Harrison é construída com base na história que a maioria das pessoas teria editado. Ela não fez isso. Ela transformou isso em manchete – Kayla Harrison não ganhou um torneio por dois anos – e depois passou o resto da vida provando o quão enganoso isso acabou sendo.




