Instrutor de BJJ exige que alunos paguem uma taxa anual para reconhecer suas faixas: ganância ou abordagem legítima?

Instrutor de BJJ exige que alunos paguem uma taxa anual para reconhecer suas faixas: ganância ou abordagem legítima?

Em um movimento surpreendente, Nick Stefan, um respeitado faixa-preta de Jiu-Jitsu brasileiro sob Rigan Machado, anunciou uma nova e controversa mudança de regra sobre o reconhecimento de faixas que ele concedeu. O anúncio foi feito por e-mail a todos os seus alunos na Gracie Carlsbad e Gracie San Marcos, gerando um debate dentro da comunidade BJJ.

A nova regra: pague para reconhecer seu cinto

De acordo com a declaração, a Black Belt Association de Nick Stefan agora exige que todos os alunos com faixa enviem uma solicitação para reconhecer e honrar oficialmente sua classificação. Enquanto os alunos atuais treinando em suas academias estão isentos de quaisquer taxas, os não membros e ex-alunos precisarão pagar uma taxa de assinatura anual de US$ 50 para ter sua faixa reconhecida.

Declaração de Nick Stefan:

“Caros alunos,

Esta mensagem é para todos os alunos com faixa sob Nick Stefan na Gracie Carlsbad e Gracie San Marcos. Por favor, reserve um momento para ler as atualizações e informações importantes abaixo:

A Nick Stefan Black Belt Association está solicitando o envio de sua inscrição (link na biografia) para reconhecer e homenagear sua classificação.

  • Para alunos existentes: A taxa anual é dispensada.
  • Não Membros: Será necessária uma taxa de assinatura anual de US$ 50.

Obrigado pela atenção e pelo seu valioso comprometimento com nossa associação. Vamos continuar trabalhando duro e apoiando uns aos outros em nossa jornada de Jiu-Jitsu! OSS.”

O que isto significa?

Em termos práticos, essa nova regra significa que qualquer aluno que tenha recebido uma promoção de faixa de Nick Stefan, mas não esteja mais treinando em uma de suas academias, deve pagar US$ 50 anualmente para oficialmente reivindicar que foi cinturão dele. Por exemplo, se você recebeu sua faixa azul de Nick Stefan, mas desde então mudou para outra academia ou parou de treinar, você precisaria pagar essa taxa para continuar reconhecendo essa promoção como legítima.

Esta é uma abordagem legítima?

Essa ação levanta questões sobre a legitimidade e a ética de cobrar ex-alunos para manter o reconhecimento de seus cinturões. Por um lado, alguns podem argumentar que é uma maneira de Stefan manter o controle de qualidade e garantir que apenas membros ativos e solidários representem sua linhagem. Também pode ser visto como um meio de promover um senso de comunidade e comprometimento contínuos entre ex-alunos.

Por outro lado, os críticos podem ver isso como nada mais do que um estratagema financeiro — uma maneira de monetizar algo que é tradicionalmente considerado uma conquista para toda a vida. A ideia de ter que pagar para manter sua classificação reconhecida pode parecer para alguns como uma forma de controle de acesso, onde o valor de seu cinturão conquistado com muito esforço de repente depende de uma taxa anual. Isso também levanta a questão do que acontece se um aluno não pagar — isso invalida sua classificação?

Impacto na Comunidade BJJ

A comunidade BJJ é conhecida por sua ênfase em lealdade, respeito e tradição. Movimentos como esses, que são vistos como um afastamento desses valores, podem ser polarizadores. Para alguns, essa decisão pode minar a confiança e o respeito que eles têm por seu instrutor. Para outros, pode ser apenas mais um passo necessário para manter a integridade de sua linhagem.

A implicação mais ampla é que se mais instrutores adotarem práticas semelhantes, isso pode mudar fundamentalmente a maneira como faixas e promoções são percebidas no Jiu-Jitsu brasileiro. Uma classificação, que supostamente é um testamento da habilidade e dedicação de alguém, pode começar a parecer mais um serviço de assinatura.

Considerações finais

A decisão de Nick Stefan de implementar essa taxa anual para que não membros e ex-alunos reconheçam suas faixas é, sem dúvida, controversa. Embora possa ter razões válidas por trás disso, a ótica da mudança não é favorável a todos. A questão permanece: essa é uma abordagem legítima para gerenciar e reconhecer a classificação ou é apenas uma maneira inteligente de gerar receita extra?

À medida que a comunidade BJJ continua a discutir e debater essa política, uma coisa é certa: essa questão trouxe à tona o delicado equilíbrio entre a tradição e as práticas comerciais modernas nas artes marciais. Se essa abordagem ganhará força ou reação, ainda não se sabe. Por enquanto, é um tópico que provavelmente manterá o mundo do BJJ agitado por algum tempo.

 

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