O Jiu-Jitsu brasileiro tem cativado pessoas de todas as esferas da vida, mas segundo o campeão Gordon Ryan, seu apelo entre pessoas inteligentes reside em sua complexidade e natureza cerebral. Numa entrevista no Ketone-IQ, Ryan mergulhou nas complexidades do desporto e nas filosofias que o tornam particularmente atraente para aqueles que prosperam em desafios intelectuais.
Um quebra-cabeça sem fim
Ryan destacou as demandas analíticas do Jiu-Jitsu como fator central para seu fascínio. “Número um, é um quebra-cabeça sem fim que você sempre pode melhorar e é muito metódico”, explicou ele. Esta natureza dinâmica, onde há sempre algo para aprender ou refinar, repercute profundamente naqueles que gostam de pensamento estratégico e de resolução de problemas.
Uma influência chave na abordagem de Ryan é o seu treinador, John Danaher, cuja filosofia de treino enfatiza a preparação mental em detrimento do condicionamento físico bruto. Ryan compartilhou: “Ele coloca mais trabalho ou mais ênfase no trabalho mental, que é o tipo de trabalho mais difícil. Todo mundo fica feliz em entrar e fazer um treino forte e ir para casa sentindo dores, mas quando você pede para eles se sentarem e dizer ‘ei, pensem nesse armlock por uma hora’ – ninguém quer fazer isso.”
Esse rigor intelectual eleva o Jiu-Jitsu além de um esporte físico, tornando-o tanto um exercício mental quanto uma disciplina física.
O Grande Equalizador do Sucesso
Ryan também apontou o aspecto igualitário único do Jiu-Jitsu como um atrativo chave para indivíduos de alto perfil como Mark Zuckerberg da Meta e o pesquisador de IA Lex Fridman. “Quando você está naqueles tatames, você é um cara normal, não é um cara ultra-rico, não é uma celebridade – você é o seu cinturão”, observou.
Status social, riqueza ou celebridade não oferecem nenhuma vantagem na arena do Jiu-Jitsu, onde habilidade e dedicação reinam supremas. “Ter um bilhão de dólares no banco não vai ajudar você a se livrar de uma chave de braço”, brincou Ryan, ressaltando o efeito nivelador do esporte. Para indivíduos de sucesso acostumados a navegar pelo mundo com suas vantagens, o Jiu-Jitsu oferece um retorno revigorante ao básico e uma experiência de ancoragem.
Crescimento mainstream dos esportes de combate
Além do Jiu-Jitsu, Ryan discutiu o impacto mais amplo dos esportes de combate ganhando atenção popular por meio de eventos cruzados e exposição na mídia. “Acho que é trazer olhar para os esportes de combate, e olhar é sempre bom”, comentou. Ryan elogiou influenciadores como os irmãos Paul por seu marketing inteligente, dizendo: “Eles sabem o que está acontecendo, sabem como ganhar dinheiro, sabem como jogar”.
Essa maior visibilidade não beneficia apenas os atletas, mas também amplia o público para disciplinas de artes marciais como o Jiu-Jitsu.
Planos futuros: de competidor a treinador
Olhando para o futuro, Ryan expressou seu desejo de continuar competindo até os 40 anos, se a saúde permitir. Além disso, ele pretende se dedicar ao coaching, com aspirações de se tornar o maior treinador do esporte. Refletindo sobre sua experiência como treinador com a lenda do MMA Jon Jones, Ryan disse: “Espero poder fazer a transição de ser o maior competidor de todos os tempos para o maior treinador de todos os tempos”.
Ele também está se preparando para abrir a Kingsway Jiu-Jitsu em Austin, Texas, consolidando ainda mais seu compromisso em nutrir a próxima geração de artistas marciais.
Um esporte de estratégia e humildade
Os insights de Gordon Ryan ressaltam a natureza cerebral e igualitária do Jiu-Jitsu brasileiro. Seja pelas demandas intelectuais de sua técnica ou pela experiência de nivelamento que proporciona, o Jiu-Jitsu continua atraindo alguns dos indivíduos mais talentosos do mundo. À medida que Ryan transita da competição para o treinador, ele continua a ser uma figura fundamental tanto no desporto como na sua comunidade.
Preguiça Jiu-Jitsu: você pode ser lento e pouco atlético e ainda assim arrasar no Jiu-Jitsu.