Outrora uma figura célebre do Jiu-Jitsu brasileiro, o ex-campeão mundial da IBJJF Erberth Santos foi condenado a 14 anos, sete meses e 21 dias de prisão por crimes de roubo e agressão sexual. A sentença, proferida pelo juiz Daniel Scaramella Moreira, da 2ª Vara Criminal de Três Lagoas, Brasil, também condenou o co-conspirador André Pessoa a mais de oito anos de prisão por sua participação nos crimes.
A dupla foi detida em Mato Grosso do Sul em circunstâncias contundentes, flagrada em imagens de segurança cometendo seus crimes. A prisão deles ocorreu durante uma viagem para participar de um evento ironicamente centrado em “mudar vidas através do esporte”. Eles não compareceram ao evento e, em vez disso, envolveram-se em atos criminosos que incluíram roubos e crimes violentos contra mulheres.
Uma queda dramática em desgraça
Santos já foi um nome conhecido no mundo do Jiu-Jitsu, conhecido por seu estilo de luta dinâmico e vitórias em torneios de prestígio como o Abu Dhabi World Pro e o Campeonato Pan-Americano. Iniciando o Jiu-Jitsu com apenas nove anos, Santos alcançou a fama através de seu talento bruto e dedicação ao esporte. No entanto, sua reputação foi muitas vezes ofuscada por controvérsias, dentro e fora dos tatames. Conhecido como o “bad boy” do Jiu-Jitsu, Santos frequentemente entrava em confronto com competidores e torcedores, polarizando a comunidade que antes o elogiava.
A espiral descendente na vida de Santos tornou-se evidente quando ele se envolveu em atividades criminosas. A sua prisão marca o culminar de anos de comportamento perturbador e controvérsia, resultando num forte contraste entre a sua promessa inicial e a sua queda final.
Santos reflete da prisão
Após sua condenação, Santos quebrou o silêncio de um ano com uma postagem reflexiva no Instagram compartilhada por meio de um intermediário. Na postagem, o ex-campeão lamentou a perda de liberdade, descrevendo o tempo que passou na prisão como “terrivelmente lento”. Ele lamentou não ter apreciado totalmente seu talento e culpou sua situação atual por decisões erradas.
A postagem assumiu um tom religioso, com Santos se descrevendo como “renascido em Cristo” e creditando sua fé por ajudá-lo a suportar o encarceramento. “Redescobri o sentido da vida por meio das provações que superei e estou superando”, escreveu ele. Ele reconheceu os seus fracassos, incluindo a perda da sua liberdade, ao mesmo tempo que expressou esperança de redenção.
Reação da comunidade de Jiu-Jitsu
A comunidade do Jiu-Jitsu Brasileiro condenou amplamente as ações de Santos, que deixaram uma cicatriz profunda em seu legado. Antes admirado por suas proezas atléticas, o nome de Santos hoje é sinônimo de escândalo e criminalidade. Sua história serve como um conto de advertência, ilustrando como o comportamento descontrolado e a falha em valorizar as próprias oportunidades podem levar a consequências devastadoras.
A sentença de Santos efetivamente encerra sua carreira competitiva e apaga o que antes era um legado promissor no Jiu-Jitsu brasileiro. Para muitos na comunidade, as suas ações representam uma traição aos valores de disciplina, respeito e honra que o desporto incorpora.
O legado de um campeão caído
A jornada de Erberth Santos, de campeão mundial a criminoso condenado, é um lembrete claro da fragilidade da fama e do poder destrutivo das escolhas erradas. Outrora um farol de talento no mundo das artes marciais, sua história tornou-se um exemplo preventivo das consequências de se afastar dos princípios que definem a grandeza.
Embora Santos alegue encontrar consolo na fé e na família, seu legado manchado deixa um impacto duradouro no Jiu-Jitsu Brasileiro, um esporte que continua a contar com as ações de uma de suas ex-estrelas.
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