Chris Haueter sobre lealdade cega no BJJ: ‘É estranho que homens adultos paguem outros homens adultos para controlá-los’
Chris Haueter é um dos primeiros 12 não faixas-pretas de jiu-jitsu brasileiro. Ele é um pioneiro do esporte e uma grande personalidade. De acordo com alguns relatos, Haueter é até mesmo creditado com as jogadas de roll gauntlet na tradição do jiu-jitsu.
Sobre o tema lealdade no Jiu-Jitsu, Haueter tem fortes convicções.
Ele afirma:
“Sempre achei estranho que homens adultos (e mulheres também) pagassem outros homens adultos para controlá-las”
Lealdade no Jiu-Jitsu na vida e no Jiu-Jitsu é importante. Dito isso, lealdade e respeito devem andar em ambas as direções. Muitas pessoas no BJJ são cegamente leais ao seu instrutor ou associação, mesmo que estejam sendo maltratadas ou exploradas.
Se seu instrutor for abusivo e tiver moral ruim, é aceitável ir embora. Só porque alguém é bom em Jiu-Jitsu, não significa necessariamente que seja um bom modelo ou um coach de vida.
Manual de instruções para o samurai do século XXI:
“Ser um samurai é sobre serviço altruísta e se o senhor ou instrutor abusa do samurai, não é mais uma situação de serviço; torna-se a situação de uma vítima. Nunca é aceitável que um samurai seja uma vítima. Nunca é aceitável permitir que um instrutor abuse de você ou roube sua dignidade. Em tal situação, é aceitável ir embora.”
Neste breve discurso em que ele promove seu aluno Mads à faixa preta em BJJ, Haueter explica como seu instrutor de BJJ não é seu dono. Essa faixa é sua e você deve ser livre para fazer o que quiser.