No mundo dinâmico e em evolução do Jiu-Jitsu Brasileiro (BJJ), os praticantes muitas vezes se encontram em uma encruzilhada entre treinar com o kimono tradicional e optar pela abordagem mais fluida sem kimono. Craig Jones, uma figura proeminente no circuito sem kimono, recentemente compartilhou seus insights sobre os benefícios exclusivos de ambos os métodos de treinamento durante uma entrevista no podcast “Jibber with Jaber”.
Craig Jones: Equilibrando o treinamento com e sem kimono
Embora Craig Jones tenha alcançado um sucesso notável no grappling sem kimono, suas reflexões sobre o valor do treinamento com kimono destacam uma perspectiva equilibrada no desenvolvimento de habilidades no Jiu-Jitsu. Apesar de sua preferência pelo sem kimono, Jones reconhece as vantagens distintas que advêm do treinamento de kimono, principalmente em áreas como retenção de guarda e mobilidade.
Apreciando as contribuições técnicas do Gi
Jones expressou abertamente que, embora não considere o treinamento com kimono essencial, ele transmite habilidades cruciais que são menos acessíveis apenas com a prática sem kimono. “Não acho que seja necessário, mas ensina habilidades que você não obterá (de outra forma)”, observou Jones. Ele ressaltou que técnicas como Spider Guard e Lasso Guard são mais do que apenas manobras; eles servem como portas de entrada para dominar a mobilidade do quadril e melhorar a retenção da guarda. “Então os caras que começam de kimono têm, acredito, uma melhor retenção de guarda”, observou.
Este reconhecimento destaca o papel do kimono no estabelecimento de uma base técnica sólida, oferecendo aos praticantes uma abordagem sistemática para aprender aspectos complexos do Jiu-Jitsu que são vitais para a proficiência geral no grappling.
A vantagem sem kimono: capacidade atlética e adaptabilidade
A preferência de Jones pela luta livre sem kimono decorre de sua natureza fisicamente exigente e de sua ênfase no atletismo. Descrevendo técnicas típicas sem kimono, ele disse: “Você tem que lutar para cima, laçar as pernas, lutar para cima, lutar para cima”, ilustrando a natureza dinâmica e extenuante do treinamento sem kimono. Este estilo não apenas testa os limites físicos, mas também aumenta a capacidade de adaptação rápida em situações de combate fluidas.
Além disso, Jones acredita que os praticantes que começam sem kimono muitas vezes desenvolvem outras qualidades. “Acho que caras que nunca começaram com kimono geralmente têm (vantagens) em outras áreas, como luta livre e coisas assim”, explicou ele, sugerindo que o treinamento sem kimono promove uma melhor luta pela posição de topo e um estilo de luta mais agressivo.
A interseção das técnicas com e sem kimono
Os insights de Jones oferecem uma visão abrangente de como o treinamento com e sem kimono se complementam. Cada disciplina enriquece o conjunto de habilidades de um grappler de maneiras únicas, com o kimono melhorando a precisão técnica e a experiência sem kimono reforçando a resiliência física e a adaptabilidade. Essa intersecção de habilidades pode levar a um lutador mais completo, capaz de navegar em qualquer cenário competitivo com confiança.
Para entusiastas e praticantes do Jiu-Jitsu Brasileiro, as reflexões de Jones servem como uma lição valiosa sobre a importância de uma abordagem holística ao treinamento. Embora as preferências pessoais possam inclinar-se para um estilo, incorporar elementos de kimono e sem kimono pode melhorar significativamente as habilidades de um grappler, oferecendo o melhor dos dois mundos em termos de domínio técnico e destreza física.
A carreira e as perspectivas de Craig Jones ressaltam a rica e diversificada estrutura das metodologias de treinamento de Jiu-Jitsu. Seu sucesso e insights são uma prova da natureza evolutiva do esporte e das infinitas possibilidades que existem na exploração de todos os aspectos desta profunda arte marcial.