Em um episódio recente do Lex Fridman Podcast, Neil Adams, um célebre judoca e duas vezes medalhista de prata olímpico, explorou as diferenças sutis entre o judô e o Jiu-Jitsu brasileiro e discutiu por que Roger Gracie é uma figura de destaque nas artes marciais. Adams, conhecido por seu profundo conhecimento dos esportes de luta livre, forneceu informações valiosas sobre as técnicas e a filosofia que distinguem essas duas disciplinas.
Judô x Jiu-Jitsu Brasileiro: Uma Análise Tática
Adams explica que uma das principais diferenças entre o judô e o Jiu-Jitsu está na abordagem do trabalho de solo e nas restrições de tempo impostas durante as lutas. No judô, as transições para as técnicas de solo devem ser executadas rapidamente para evitar serem reiniciadas pelo árbitro, exigindo alto nível de agressividade e rápida tomada de decisão. “Em termos de Jito, se você não conseguir a recepção imediatamente, o árbitro não verá a transição… Temos que construí-la rapidamente”, observa Adams, destacando a urgência no judô em comparação com o ritmo mais deliberado do Jiu-Jitsu. .
A Maestria de Roger Gracie
Voltando-se para Roger Gracie, Adams elogia sua capacidade de dominar o Jiu-Jitsu usando técnicas fundamentais que todo praticante aprende desde o início do treinamento. O sucesso de Gracie, segundo Adams, não se trata apenas da técnica, mas também da execução impecável e da aplicação estratégica dessas técnicas na competição. “Ele tem cerca de mil maneiras de entrar… Ele encontra uma maneira de sufocar as pessoas… todo mundo sabe o que está por vir contra as melhores pessoas do mundo, e ninguém pode defender isso. É uma loucura”, comenta Adams, enfatizando a habilidade excepcional de Gracie e o respeito que ele inspira na comunidade do Jiu-Jitsu.
Fisicalidade e Estratégia Mental
Adams discute ainda os aspectos físicos e psicológicos que diferenciam o judô do Jiu-Jitsu. Ele descreve como as imobilizações de judô, executadas por judocas habilidosos como Roger Gracie, podem fazer o competidor se sentir extremamente pesado, uma técnica que envolve distribuição precisa de peso e equilíbrio. Esse aspecto do controle é algo que Adams identifica como altamente desenvolvido no judô e benéfico no Jiu-Jitsu, especialmente nas artes marciais mistas, onde a imobilização pode ser crucial.
A comparação feita por Neil Adams entre o judô e o Jiu-Jitsu brasileiro lança luz sobre as distintas diferenças estratégicas, técnicas e filosóficas entre esses esportes de combate. Sua admiração pelo domínio de Roger Gracie no Jiu-Jitsu ressalta o profundo impacto das habilidades fundamentais executadas em nível excepcional. Os insights de Adams não apenas enriquecem a compreensão dessas artes marciais, mas também celebram a profundidade e a complexidade inerentes às disciplinas de luta livre.