Aplicando finalizações de Jiu-Jitsu Gi com roupas de rua

Aplicando finalizações de Jiu-Jitsu Gi com roupas de rua

Você já ouviu alguns praticantes sem kimono dizerem com desdém: “O kimono não é realista, mano”? É um sentimento comum em alguns cantos do grappling, onde o ritmo mais rápido e escorregadio do Sem Kimono é preferido. No entanto, esta perspetiva pode ignorar uma realidade importante: fora dos tatames de ginásio e de competição, a maioria das pessoas usa roupas, e este simples facto pode desempenhar um papel fundamental em cenários de autodefesa.

Imagine estar em um confronto em qualquer lugar que não seja a praia; é provável que seu potencial agressor esteja totalmente vestido. É aí que o Jiu-Jitsu – e as técnicas de Kimono – ainda têm um lugar, mesmo em um cenário moderno de Jiu-Jitsu sem kimono. O faixa-preta de Jiu-Jitsu Elie Knight está aqui para provar isso. Em uma demonstração convincente, Knight mostra como os envios podem ser adaptados e aplicados de forma eficaz com roupas normais. Ele não apenas fala o que fala; ele reforça isso aplicando uma gravata peruana – uma submissão devastadora normalmente executada agarrando tecidos ou membros – usando roupas do dia a dia.

A técnica mostra a versatilidade do treinamento tradicional de Jiu-Jitsu e destaca a praticidade das finalizações baseadas no kimono em aplicações do mundo real. Com pontos de controle criados por jaquetas, camisas e outros trajes do dia a dia, os mesmos estrangulamentos e travas podem ser tão perigosos e eficazes quanto nos tatames. A demonstração de Knight serve como um lembrete de que as raízes do Jiu-Jitsu na autodefesa não se limitam às especificidades do treinamento com ou sem kimono; eles se estendem a cenários onde os grapplers devem estar prontos para se adaptar, independentemente da situação.

Seja um estrangulamento bem apertado como a gravata peruana ou outro clássico do Jiu-Jitsu, os princípios permanecem inalterados: adaptabilidade, alavancagem e triunfo técnico. Então, da próxima vez que alguém considerar o kimono “irreal”, lembre-o de que, no mundo real, roupas não são apenas tecidos; pode ser uma arma, uma ferramenta e um lembrete de que cada detalhe conta na luta.

Aqui vemos um estrangulamento de Jiu-Jitsu brasileiro utilizando o capuz do oponente na jaqueta, conforme demonstrado por Steve Austin do Sion BJJ. Esta é uma variação do estrangulamento que normalmente é feito agarrando a lapela do kimono. Um simples ajuste nos detalhes permite que você manipule a camisa do oponente, para montar um estrangulamento extremamente eficaz.

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