A lenda do Jiu-Jitsu Relson Gracie culpa a moda dos Leglocks por diluir a essência do Jiu-Jitsu

A lenda do Jiu-Jitsu Relson Gracie culpa a moda dos Leglocks por diluir a essência do Jiu-Jitsu

O pioneiro do Jiu-Jitsu, Relson Gracie, expressou frustração com a direção que o Jiu-Jitsu brasileiro moderno tomou, alegando que ele se tornou muito focado no esporte e menos aplicável à autodefesa na vida real. Em entrevista recente, o faixa vermelha 9º grau criticou a evolução dos torneios de Jiu-Jitsu, a ênfase nas chaves de perna e a falta de padronização das regras, sugerindo que a arte perdeu contato com seu propósito original.

As preocupações de Relson destacam como as competições atuais de Jiu-Jitsu recompensam os pontos em detrimento da habilidade prática, o que ele acredita prejudicar o aspecto da autodefesa. “Você pode marcar 9 pontos em 1,5 segundos”, comentou ele, criticando como os lutadores podem marcar pontos rapidamente sem demonstrar controle verdadeiro. Ele é especialmente crítico em relação às chaves de perna, que considera perigosas e ineficazes em cenários da vida real. “Como você vai colocar uma chave de joelho em alguém em uma briga de rua?” questionou, acrescentando que essas técnicas já foram proibidas nos torneios de seu pai, Hélio Gracie, por serem muito arriscadas.

Ele também destacou trajes modernos de torneio e técnicas que não se alinham com a visão de Jiu-Jitsu de sua família. “Engasgar com o cinto é uma loucura”, disse ele, defendendo os tradicionais kimonos brancos que tornam visível a classificação do cinto. Além disso, lamentou a prevalência de técnicas como berimbolos e guardas 50/50, que considera movimentos puramente competitivos e sem utilidade prática.

Relson traça as raízes da arte há 10.000 anos, na Índia, onde afirma que monges budistas a desenvolveram para defesa contra bandidos. Embora isso divirja das histórias mais amplamente aceitas que localizam as origens do Jiu-Jitsu no Japão, isso ressalta sua crença no Jiu-Jitsu como um sistema prático de autodefesa.

Gracie também destacou as regras únicas e estruturadas que seu pai Hélio usava, como o limite de 30 segundos nas posições dominantes para manter a dinâmica das lutas. “Nas regras de Hélio Gracie, era preciso segurar três segundos depois de passar a guarda”, disse ele, contrastando essa abordagem com as táticas de protelação atuais. Ele acredita que a reintrodução de limites de tempo pode ajudar os jogos modernos a permanecerem mais ativos.

Uma questão importante para Relson é a falta de padronização de regras entre as federações, o que, segundo ele, impede o crescimento do esporte e as perspectivas olímpicas. “Todos os campeonatos, do ADCC ao Brasileiro, têm regras diferentes”, observou ele, contrastando essa inconsistência com os regulamentos globalmente uniformes do judô. Relson acredita que regras padronizadas poderiam ajudar o Jiu-Jitsu a ganhar legitimidade global, talvez até mesmo a inclusão olímpica.

Ele também criticou a falta de liderança no Jiu-Jitsu hoje, afirmando: “Não há mais líder no Jiu-Jitsu”. Ele acredita que esta governança dispersa impede o esporte de alcançar o reconhecimento de artes marciais como o judô.

A visão de Relson para o Jiu-Jitsu inclui um retorno às suas características originais de autodefesa prática. “Hoje o Jiu-Jitsu perdeu seu caráter original. É uma bagunça”, disse ele, sugerindo que as federações deveriam incluir habilidades de autodefesa nas promoções de cinturão. “Como pode um instrutor não saber desarmar uma faca ou uma arma?” ele perguntou, apontando para uma lacuna entre esporte e praticidade.

O seu apelo à acção apela ao regresso à autodefesa prática, às regras unificadas e às técnicas eficientes. Como disse Relson: “Vamos orar. Estamos trabalhando para mudar essa mentalidade na competição.” Sua mensagem reflete o compromisso de preservar o legado do Jiu-Jitsu e, ao mesmo tempo, promover um futuro que permaneça fiel às suas raízes de autodefesa.

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