Uma nova era para o esporte

Uma nova era para o esporte

Numa decisão histórica, a All Japan Judo Federation (AJF), ​​em colaboração com a Kodokan, reviveu uma técnica tradicional que há muito tempo é um tema de debate na comunidade do judô. O anúncio de 10 de outubro revelou que o polêmico “Ashitori”, ou técnicas de agarrar as pernas, será mais uma vez permitido no Campeonato Japonês de Judô. Esta decisão representa uma mudança significativa no judô competitivo, mesclando as raízes tradicionais do esporte com as demandas da competição moderna.

Durante anos, o judô mudou seu foco para agarramentos e arremessos da parte superior do corpo, enfatizando técnicas como arremessos em pé e agarramentos no chão. A exclusão dos leg grabs, implementada em 2010, teve como objetivo manter a identidade distinta do esporte, diferenciando-o da luta livre e de outros esportes de luta livre. No entanto, esta restrição sempre foi um ponto de discórdia, com alguns sentindo que limitava a diversidade estratégica do judô. O retorno das pegadas nas pernas é visto como uma homenagem às origens do esporte, restaurando um aspecto tradicional do judô e ao mesmo tempo permitindo uma gama mais ampla de opções táticas na competição.

Uma nova dimensão para a estratégia do Judô

A reintegração de Ashitori traz consigo o potencial para mudanças significativas na forma como os judocas abordam suas lutas. Historicamente, as técnicas de agarrar as pernas permitiam que competidores menores superassem oponentes maiores, visando a parte inferior do corpo para desequilibrá-los e arremessá-los. Esta técnica pode ser particularmente útil no All Japan Championships, onde não há categorias de peso, o que significa que competidores de tamanhos muito diferentes podem se enfrentar. Atletas mais leves agora podem utilizar técnicas de agarrar os pés para nivelar o campo de jogo, adicionando uma camada emocionante de estratégia às partidas.

Para torcedores e atletas, a reintrodução do Ashitori é uma oportunidade de ver mais versatilidade no tatame. As partidas poderiam se tornar mais dinâmicas, com os competidores precisando ser mais rápidos e mais adaptáveis, considerando os ataques da parte superior e inferior do corpo. A complexidade do judô se aprofundará à medida que os atletas expandirem sua gama de técnicas e contra-ataques, permitindo lutas mais imprevisíveis e emocionantes.

Preocupações e Regulamentação

Embora muitos na comunidade do judô tenham saudado esta mudança, ela também gerou preocupação. Os críticos temem que o regresso do agarramento das pernas possa perturbar o equilíbrio do desporto, com os atletas potencialmente a concentrarem-se demasiado nestas técnicas e a desviarem-se dos princípios fundamentais do judo de equilíbrio, postura e lançamentos. Há também o medo de que Ashitori possa encorajar o jogo excessivamente defensivo, com os competidores protelando ou confiando demais em agarrar as pernas para evitar o envolvimento.

Para responder a estas preocupações, a AJF introduziu regulamentos claros relativamente à utilização de apoios para as pernas. Pelas novas regras, o judoca só pode agarrar abaixo da cintura se ambos estiverem em pé e já tiverem segurado o oponente. Isto garante que a técnica não pode ser usada de forma imprudente ou como tática primária, mas sim como uma estratégia complementar dentro de uma estrutura mais ampla dos princípios estabelecidos do judô. Qualquer tentativa de ataque diretamente sob a cintura sem uma pegada existente ainda será penalizada, preservando o equilíbrio entre a liberdade tática e os valores tradicionais do judô.

O Futuro do Judô

Esta decisão da Kodokan e da AJF reflete uma tendência mais ampla do judô de evoluir e se adaptar, mantendo-se conectado às suas raízes. À medida que o desporto continua a crescer no cenário global, enfrenta o desafio de manter a sua identidade única e ao mesmo tempo abraçar novas estratégias e técnicas. A reintegração dos leg grabs marca um passo significativo nesta jornada, oferecendo uma nova perspectiva sobre como o judô pode equilibrar sua rica história com as demandas da competição moderna.

Em última análise, o retorno de Ashitori acrescenta uma nova dimensão ao judô que testará a agilidade, adaptabilidade e pensamento estratégico dos atletas de hoje. Resta saber se esta mudança levará a uma nova era de partidas mais emocionantes e dinâmicas ou criará desafios imprevistos. Porém, uma coisa é certa: o judô está evoluindo e o renascimento das pegadas desempenhará um papel crítico na definição do seu futuro.

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